O resultado do Enem 2024 expôs um dado alarmante: apenas um aluno de escola pública alcançou a nota máxima de 1.000 pontos na redação. Este número é um reflexo direto do sucateamento da educação pública no Brasil, marcado por infraestrutura precária, falta de recursos básicos e desvalorização docente.
Enquanto escolas privadas oferecem bibliotecas, laboratórios e suporte pedagógico de qualidade, muitas instituições públicas operam em condições mínimas, com turmas superlotadas, ausência de materiais didáticos e professores sobrecarregados. Esses problemas estruturais comprometem o desenvolvimento das habilidades exigidas para o Enem, como leitura crítica e escrita argumentativa.
A desigualdade educacional não é apenas uma questão de recursos, mas de prioridade. O sucateamento da escola pública perpétua a exclusão social, limitando o futuro de milhões de jovens. Investir em infraestrutura, valorização docente e programas de incentivo à leitura é urgente para reverter esse cenário e garantir que a educação pública seja um caminho real de transformação social.