CRÔNICA: SOLTO NO TEMPO E NO ESPAÇO – POR JOAQUIM BRANDÃO

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Assim, vagando pelo espaço do local onde moro, e sem me preocupar com o tempo que levo pra fazer isso, me deixo pensando nas relações humanas… Queira ou não, é uma questão, atualmente, preocupante… 

E andando de um lado para o outro, às vezes parando pra dar uma olhada pela janela, pra ver um dia completamente tampado pela neblina, e abraçado por um frio violentíssimo, me pego fazendo comparações… 

Tenho uma extrema necessidade de ser amigo fiel… Se alguém faz um gesto a meu favor, nunca mais esqueço… E se a pessoa convive comigo durante anos, estando sempre ali, firme e forte, tem minha eterna gratidão… Me sinto na necessidade de reconhecer tais gestos… 

E você me lembra que eu falei em comparação… Ok, falei e vou dar a continuidade… É que, nos meus tempos de moleque, de adolescente, e até o jovem, me lembro de que ser amigo, pro que desse e viesse, era normal, era comum… Mas, nos dias de hoje, é mais fácil trombamos com inimigos.. 

Talvez a população tenha aumentado… Minha cidade cresceu desordenadamente… O prefeito que se organizou para colocá-la em ordem, grande amigo meu, foi morto… Já eram os dias atuais… Fatais… Uma região se despeja sobre outra, no processo de tentativa de sobrevivência… Descontrole total… Caos premeditado… Mortes anunciadas… Passa a régua e fecha a conta… E vamos esperar os próximos capítulos… 

É isso…
Grande abraço a todos… 

Quem conversa com ele 10 minutos não sai sem aprender algo além de ter dado muitas e boas gargalhadas.

Joaquim Brandão escrever

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